Vacinação contra gripe e covid-19 começa hoje com meta de vacinar quatro milhões até ao Natal

DGS apela para vacinação contra a gripe de crianças entre os seis e os 23 meses.

Setembro 23, 2025

A campanha de vacinação contra a gripe e a covid-19 arranca hoje em unidades do SNS e farmácias, visando imunizar contra a gripe 2,5 milhões de pessoas e 1,5 milhões contra a covid-19 até ao Natal, anunciou a Direção-Geral da Saúde.

Sob o lema “Vacine-se e proteja os momentos mais importantes”, a campanha sazonal traz como novidade a vacinação gratuita contra a gripe para todas as crianças entre os seis e os 23 meses, e comparticipada para as que têm entre os dois e os cinco anos, disse à agência Lusa o subdiretor-geral da Saúde, André Peralta Santos.

“Este ano temos uma novidade que está também decorrente de, nos bebés e nas crianças até aos cinco anos, a gripe causar doença que muitas vezes acaba em internamentos, felizmente com a recuperação total”, salientou.

André Peralta Santos lembrou que devem vacinar-se contra a gripe e a covid-19 os maiores de 60 anos, os doentes crónicos de todas as idades e os profissionais de saúde, recordando a importância da imunização contra estes vírus que “continuam a causar doença grave, especialmente nos mais idosos”.

As pessoas entre os 60 e os 84 anos podem vacinar-se no centro de saúde ou nas farmácias. Tal como na campanha anterior, os maiores de 85 anos, que estão em maior risco de desenvolver gripe grave, terão acesso “a uma vacina com uma dose reforçada que confere uma proteção extra”.

André Peralta Santos assegurou que há vacinas para todas as pessoas elegíveis para vacinação, salientando que o objetivo é vacinar cerca de 2,5 milhões contra a gripe e 1,5 milhão contra a Covid-19, antes do Natal.

“Isto é importante e prende-se um pouco com o lema deste ano”, disse, explicando que o inverno tem “momentos muito importantes” de festividades e, por isso, a importância de as pessoas se vacinarem até, idealmente, 15 de dezembro, apesar de a campanha se prolongar durante o inverno.

Sobre a hesitação vacinal, o subdiretor-geral da Saúde reforçou que as vacinas da gripe e da Covid-19 são “muito seguras” e representam o “meio mais simples e eficaz” de prevenir a doença grave causada por estes vírus.

“Todos os anos sabemos que a gripe, especialmente nos meses de dezembro e janeiro, tem um pico, é muito frequente, E, portanto, nós queremos que os portugueses se vacinem para se protegerem contra a doença grave”, reforçou.

Questionado sobre a atual circulação do vírus da covid-19, André Peralta Santos explicou que, apesar do aumento nos meses de verão, não causou constrangimentos aos serviços de saúde, como aconteceu nos primeiros anos da pandemia.

“Continua a causar doença grave, felizmente muito menos do que aquela que já causou”. Daí, o objetivo de “vacinar o maior número de pessoas” para evitar formas graves da doença.

Mas ressalvou: “o volume de doentes com Covid-19 não é algo que nos cause uma preocupação de poder gerar constrangimentos nas urgências ou nos internamentos dos hospitais”.

A campanha de vacinação Sazonal outono-inverno 2025-2026 decorre entre 23 de setembro e 30 de abril de 2026 em unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde e farmácias comunitárias.

Numa nota enviada à agência Lusa, a presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), Ema Paulino, avançou que a campanha decorrerá em 2.500 farmácias, dirigindo-se à população entre os 60 e os 84 anos.

Ema Paulino alertou para o crescimento da hesitação vacinal e da desinformação, tanto a nível nacional como internacional, apelando à confiança na ciência.

“A vacinação é um ato seguro, rápido e eficaz de proteção individual e coletiva”, vincou, apelando às pessoas elegíveis para que agendem já a sua marcação, preparando-se para “os meses de maior circulação de vírus”.

DGS apela para vacinação contra a gripe de crianças entre os seis e os 23 meses

O subdiretor-geral da Saúde apelou hoje aos pais para que vacinem contra a gripe os seus bebés e crianças entre os seis meses e os dois anos, para prevenir casos graves da doença e evitar internamentos.

A vacinação gratuita contra a gripe foi este ano alargada a todas as crianças dos 6 aos 23 meses de idade, no âmbito da campanha sazonal outono-inverno 2025-2026, que arranca hoje em unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e em 2.500 farmácias, prolongando-se até 30 de abril de 2026.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda ainda a vacinação das crianças entre os dois e os cinco anos para prevenção de doença grave. Nestes casos, a vacina é comparticipada.

A autoridade de saúde justifica esta decisão com dados nacionais que demonstram que “esta faixa etária apresenta taxas de hospitalização e de cuidados intensivos equiparáveis às registadas entre pessoas mais idosas”.

Em declarações à agência Lusa, o subdiretor-geral da Saúde, André Peralta Santos, sublinhou que esta recomendação não é exclusiva de Portugal, referindo que “há outros países da União Europeia e, por exemplo, o Reino Unido, que não está na União Europeia, que também recomendam a vacinação da gripe para crianças”.

O responsável explicou que as crianças podem desenvolver “doença grave, que muitas vezes causa internamento”, embora, “felizmente, não cause morte, como nos mais idosos”.

“É um evento extremamente raro”, afirmou André Peralta Santos.

Além dos internamentos causados diretamente pela gripe, o subdiretor-geral alertou para o risco de infeções secundárias.

“Depois do episódio de gripe, muitas vezes as crianças têm outras infeções bacterianas, porque ficam mais vulneráveis a estas infeções (…) e aquilo que está comprovado é que temos uma vacina segura, que consegue proteger estas crianças de episódios de gripe, de forma a passarem o inverno com menos doença”, defendeu.

Perante esta realidade, o subdiretor-geral da Saúde deixou “um apelo a todos os pais” para que vacinem os seus bebés e crianças dos seis meses aos dois anos com a vacina da gripe.

“Podem ligar para o seu centro de saúde ou, eventualmente, receber uma chamada do seu enfermeiro de família para agendar a vacinação, se assim o entenderem”, disse, ressalvando que “a vacinação é sempre uma escolha livre”.

Relativamente às crianças entre os dois e os cinco anos, aconselhou a falarem com o médico de família ou o pediatra que acompanha a criança, para discutirem a vacinação.

Caso optem por vacinar, “é passada uma receita” da vacina contra a gripe que pode ser administrada no centro de saúde.

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