A Câmara Municipal do Porto ainda não conhece, a título oficial, as propostas alternativas do consórcio LusoLAV para o TGV.
A Câmara Municipal do Porto ainda não conhece, a título oficial, as propostas alternativas do consórcio LusoLAV para o TGV, garantiu esta segunda-feira o vereador do Urbanismo, Pedro Baganha.
“A Câmara Municipal do Porto, a título oficial, ainda não conhece essa alternativa e tem que a conhecer para que os órgãos municipais se possam pronunciar”, afirmou Pedro Baganha no final da reunião privada do executivo municipal.
O vereador explicou que mal receba a versão consolidada da alteração ao projeto, ela será logo endereçada ao presidente da autarquia, o independente Rui Moreira, e distribuída à Assembleia Municipal que tem uma comissão específica de acompanhamento destas obras de mobilidade.
Isto para que, por um lado, a Câmara Municipal do Porto tenha conhecimento oficial desta proposta de alternativa ao projeto e, por outro lado, tenha tempo para a avaliar e para se pronunciar, ressalvou.
Pedro Baganha disse que, provavelmente, a alternativa mais relevante é a construção não de uma ponte com duplo tabuleiro, mas de duas pontes, uma à cota baixa e uma à cota alta.
“Uma condição que, do meu ponto de vista, a câmara municipal deve impor, é que isso não acarrete custos adicionais para a câmara municipal”, considerou.
As restantes alterações ao projeto não são significativas estando relacionadas com o arranjo de uma praça a nascente da Estação de Campanhã na lógica de criar uma estação já não só com uma frente, mas com duas frentes, designadamente uma praça a poente e uma praça a nascente.
E acrescentou: “Mas, portanto, aguardamos receber a título oficial esta alteração, também aguardamos a pronúncia do concedente da Infraestruturas de Portugal (IP) e, mal tínhamos estes elementos, vamos distribuí-los pelos órgãos autárquicos e pelas forças políticas”.
Pedro Baganha sublinhou ainda que, na semana passada, houve uma reunião de âmbito técnico com os serviços do Urbanismo, onde foi apresentada uma proposta consolidada alternativa ao estudo prévio que serviu de base ao lançamento do concurso para a escolha do concessionário da alta velocidade.
“O consórcio que ganhou esse concurso pretende entregar na Agência Portuguesa do Ambiente (APA), durante o mês de agosto, um pedido para ter o RECAP, a autorização para avançar com o processo”, contou.
Na semana passada, o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, que abandona esta segunda-feira a sua liderança, sugeriu que tanto a Infraestruturas de Portugal (IP) como a Câmara do Porto conheciam as propostas alternativas do consórcio LusoLAV para o TGV, apesar de terem dito o contrário.
Em causa estiveram propostas não vinculativas da autarquia a alterações ao traçado propostas pelo LusoLAV (que venceu o concurso do primeiro troço da linha de alta velocidade), no caso uma localização alternativa da estação de Gaia (Vilar do Paraíso) e a possibilidade de se fazerem dois e não um tabuleiro sobre o rio Douro.